domingo, 25 de junho de 2017

Campo dos Padres: Aleluia!

 Se é realmente o tal Campo dos tais Padres não posso afirmar, mas foi o que me disseram.
 Se posso resumir, seria difícil, muuuuito difícil. E já à priori não recomendo, não faça de big trail, quiça, trail. O caminho só se passa com veículos 4x4. Tirando os 3 tombos meus, mais os 3 do Starke (das Indústrias Starks), a judiaria com as motos é tremenda, em inúmeros trechos você só consegue andar em linha reta, não dá para desviar, daí o cuidado extremo para evitar um tombo. Cheguei a pensar em desistir várias vezes, mas ao perguntar ao Starke, ele dizia que se haviamos chegamos até ali, então... Mas bá tchê! Índio taura tá difícil de encontrar ultimamente! Até eu já ando fraquejando.
   A propósito, o Sr. Starke é um amigo de aventuras e de trabalho. É proprietário da Lola, que aparece lindamente nas fotos.
             
Em Urubici-SC, procure pelo Cânion do Espraiado, olhe no Google para melhor visualização. Não acredite no Google, levamos mais de 1h30min para fazer o trajeto.


  Logo no início, você passa dentro da reserva particular Leão da Montanha e depois entra em propriedade particular, é necessário ter permissão (pagar pelo ingresso), o que só fizemos mais tarde (R$20 por pessoa), é bom se informar antes para evitar qualquer constrangimento. Também, é necessário abrir algumas porteiras e não esquecer de fecha-las!   


























Minha primeira queda! Transpondo o riacho. Não sei explicar bem minha imperícia, mas voltei de ré e tombei dentro d'agua. O azar foi que o Starke não tirou nenhuma foto das minhas quedas. Eu que tirei essa depois do susto.































Poucas fotos da estrada ruim. Essa parte parece bem melhor do que realmente era.



Essa foi uma das piores subidas e decidas, em grau de dificuldade encontramos pelo menos outras duas.


   Seguimos no perrengue até a queda derradeira da Lola no barro (linha azul pequena no mapa acima, perto do Cânion do Espraiado), daí andamos para ver como seria a estrada. O barro era considerável e passamos por uma porteira até encontrarmos os responsáveis pela área. Conversamos amistosamente e concluímos que seria certo pagar pela entrada, visto que não havíamos feito isso antes. Também, é possível pagar para acampar ali, e ter um guia por trilhas, o que ainda pretendo fazer. Aí o rapaz nos indicou o Morro da Antena, cuja estrada ficava à esquerda, na bifurcação na qual seguimos pela direita, e como todos, ele nos disse que a estrada estava boa! Então, voltamos e fomos ao chamado Morro da Antena, onde existe uma antena de comunicação e o esqueleto de outra derrubada pelo vento. Outra paisagem linda.


Chegando no Cânion do Espraiado.






Logo depois, queda no barro e atolamento.


Tivemos que empurrar a moto para trás e colocar uma pedra para conseguir desatolar.


Uma beleza para andar com pneus mistos!



O Starke, bem faceiro com a roubada na qual eu lhe coloquei. Só olhar sua expressão de "alegria".


Passa um, depois passa outro.



Depois dessa visão, desistimos de seguir de moto, seguimos à pé para ver onde iria a estrada, final da linha, chegamos na caso do responsável pela área, um gurizão com seus dois cachorros.




Aqui a melhor foto do Cânion Espraiado, depois que falamos com o gurizão.


   Perto do que chamamos de Morro da Antena, quando voltávamos, encontramos um campista subindo, na sequência, enquanto conversávamos, chega seus amigo. Tinham vindo com um carro de apoio até certo trecho e agora seguiam a pé por trilhas acompanhados de um "cusco veio" (vulgo cachorro).
   Abaixo as fotos do Morro da "Antena".





De longe eu fico bonito!


A Lola e a Betsy, mostra da nossa "coragem". Morro da "Antena".


  Algumas subidas são bem íngremes e o desnível com as pedras também, muitas pedras grandes. Também tivemos problemas com o barro (como visto). Na volta, praticamente só em primeira marcha (como na ida), com o uso constante da embreagem e dos freios, percebemos que a coisa era pior do que tínhamos imaginado. Uma queda numa decida daquelas poderia ser grave dado a geometria das pedras e sulcos.
  A queda mais perigosa, se assim se pode dizer, foi a do Starke, que deslizou com a traseira e quase caiu dentro de uma valeta. A roda da frente ficou suspensa. Ao perceber a queda ele foi esperto e soltou a moto que caiu em posição menos ruim.
   Nos trechos muito críticos, onde era possível, empurramos as motos.

   Estragos: eu quebrei a ponta do manete de freio e entortei a pedaleira esquerda, amassei a parte de baixo do escapamento, a Lola escapou ilesa. Provavelmente porque a Betsy já é mais velhinha e não gosta de ser maltratada. Os pneus aguentaram as quinas das pedras, a parte de baixo da moto bateu bem forte algumas vezes.
   Eu estava vencendo, já tinha duas quedas quando Starke me passou com 3 quedas! Não podia perder a   disputa e no final caí mais uma vez, empatando o jogo! O trecho mais fácil, vamos dizer assim, me rendeu duas quedas!
   
   No retorno, voltamos pela Serra do Corvo Branco (mel na Chupeta molhada na cachaça!), saindo em Grão Pará, Braço do Norte, Gravatal, Tubarão (BR101) e então chegamos em casa, num total de uns 440 km rodados.
   No domingo (no outro dia) o corpo estava dolorido, mas o que mais doía era o coração ao ver a Betsy e seu estado. O resumo da aventura foi positivo, muito bom, paisagem maravilhosa e recordações para contar. Todavia, a Betsy não deve mais encarar estrada tão ruim.

Serra do Corvo Branco. Betsy à esquerda e Lola à direita.





Última foto, no posto em Laguna. Parada para comer algo e descansar um pouquinho. Lola e Betsy em destaque.


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