terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Ilhas do Perimbó - SC

   Estava procurando um camping para pescar e descobri esse aqui, Ilhas do Perimbó em Petrolândia - SC, fica na represa do Perimbó, criada  a muitos anos para gerar energia para a empresa de processamento de celulose. A região é produtora dessa matéria prima, em resumo, árvores.
   O camping é muito procurado por pescadores de final de semana, só se pode usar linha de pesca e anzol, nada de tarrafa, rede ou espinhel, e nenhum tipo de embarcação é permitido.
   O nome da cidade de Petrolândia se deve ao fato dessa localidade ter sido explorada pela Petrobras na procura de petróleo muitos anos atrás, virando Perimbó em Petrolândia! Petróleo, nada.



   Partindo de Florianópolis em direção a Lages, pela BR 282 depois de Bom Retiro se pega uns 20km de estrada de chão até o camping.

Placa indicando Lages e Bom Retiro, entrada da estrada de chão.


Betsy, equipada para longa viagem, daria para atravessar as Américas, só faltava o passaporte e roupas de frio.


Primeiro laguinho, antes da represa e do camping.
 



   O camping é muito bonito, os proprietários são muito simpáticos e solicitos, seu Mário e o Júlio, gente fina, os dois. Existem banheiros e chuveiros quentes, os locais de camping possuem, todos, luz e churrasqueira.




São duas ilhas, uma maior, ligadas por duas pontes. Essa aqui é a maior.



Ilha menor, para entrar na maior, passa-se por ela.

 


   Escolhi um lugar para acampar, e montei a tralha, passei sem os alforges lateriais pelas pontes, algo que teve que ser feito com cuidado. Uma semana antes um motociclista caiu no final de uma das pontes, mas o problema maior é na entrada delas, são estreitas, um pequeno erro pode resultar em queda. 


Acampamento montado, teste da nova barraca.

 Dei uma arrumada no acampamento, noutro dia, já tinha uma cueca secando no varal!

Carreteiro bagual, com o meu fogareiro à gasolina.

Minha fiel rede companheira. Finalmente longe da cidade!

 De manhã, um friozinho gostoso, como à noite.

   Saindo dos limites do camping, se entra em propriedade particular, não se pode pescar nem acampar, é área de reflorestamento da Klabin. A empresa que falei, de onde surgiu a represa para fornecer energia para o processamento da celulose.


Aquele pontinho vermelho é o camping publico que existe ali próximo. Muito barulho, bebedeira e bagunça, não recomendado.


   Segui pela margem direita da represa, passando uma região complicada de mato e reflorestamento, meu cuidado era com as cobras, estava sozinho e um acidente sempre poderia acontecer. Andei até um ponto onde eu não deveria pescar, mas lá estava eu e meu caniço, banquinho e tralha. Peixe que é bom, só lambari, e dos pequenos ...

Nessa foto não aparece bem, mas na ponta do galho da árvore caída, havia um biguá.


Muito trabalho para chegar aqui e pescar um pouco.

Uma das raras "selfis"do guasca. Igualzito ao pai.

Por mais que me achava longe do camping e num lugar de difícil acesso, ainda encontrei lixo de latinha de cerveja!


Olha aí! Visita de capivara durante a noite. Elas gostam de passear nas ilhas, mas não vi nenhuma.


Hora de ir embora, voltar pelas pontes, a primeira, a mais difícil, uns 5 cm de folga de cada lado da moto. Resolvi voltar vazio, um erro na entrada da ponte era queda. Na noite anterior choveu um pouco e a moto atolou na partida do camping, nada grave, coisa pouca.


Última ponte e sai bem na foto, foi o Julho que tirou. Valeu Julho!

Epílogo:
   Quanto a pescaria, só lambari, uns poucos carás e duas traíras pequenas. Eu achei que ia comer peixe assado, ledo engano. Ainda bem que levei sardinha e atum em lata! Já fui mais sortudo na pesca.
   Quanto a parceria, eu fui solo, meu amigo Starke até estava pensando em me acompanhar, mas tinha uma operação no joelho e não estava muito animado. Algumas das fotos, foram tiradas por ele, quando fomos conhecer o camping, dois meses antes.
   As vezes é bom viajar sozinho, eu gosto. Colocar os pensamentos no lugar e curtir a viagem, a moto, no meu ritmo, acelerar e andar devagar quando se quer. 
   O camping foi bacana, mas silêncio, só na lua, o pessoal gosta de levar um rádio (som) quando acampa, eu prefiro o silêncio. Barulho já chega o dia a dia. Mas o camping era tranquilo, mais família. Da próxima vez, vou acampar bem na ponta da ilha maior, é mais reservado.
   Se imagina que reflorestamento é algo bacana, só se for de mata nativa, o pinheiro e o eucalipto são terríveis para o meio ambiente, mais que a soja e quiça, que o gado, pois se planta até em ladeira, e a mata nativa é retirada para esse fim. Vi pouca mata nativa e árvores de pequeno diâmetro.
   Na volta resolvi dar uma esticadinha, a Betsy estava precisando. Então, voltei por Petrolândia, até Alfredo Wagner e encarei a Serra do Rio do Rastro (caminho comum por essas bandas), a ideia era rodar mesmo. Passei por Urubici e voltei por Tubarão pela BR 101. Antes de Urubici encontrei um casal que ia até Itajaí e vinha de Rondônia, já haviam rodado 4 mil km.
   Minha viagem, total de uns 650 km. Acampei 4 dias.



Foto tradicional, no posto de Laguna. Salada de fruta para matar a fome.

2 comentários:

  1. Olá, muito linda a região, conheci ela final de ano, passei três dias ali no camping do Júlio, muito gente boa eles,sai de Brusque, passei por Botuverá, Vidal Ramos, Ituporanga e Petrolândia, depois sai para Urubici e Bom Jardim da Serra, foram 8 dias de passeio. Belos registros.

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  2. Olá,meu amigo Charles!muito bonito seu trabalho.Que bom ver que esta bem,com uma família linda.Sucesso sempre!

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