domingo, 21 de julho de 2019

São Miguel das Missões, quase Yucumã e muuuuuitas curvas.

   Viagem ha tempo esperando, fazer um tur nas Missões com meu amigo Starke. De Floripa à Santo Ângelo - RS, uns 725 km. Frio de 6 graus em Lages e 4 horas de chuva na volta de Derrubadas até Chapecó. A ideia era visitar o salto Yucumã, a maior queda longitudinal do mundo, onde o rio Uruguai cai caprichosamente em um canal que chega a 120 m de profundidade! Estando esse no parque estadual do Turvo, um dos poucos recantos para a natureza selvagem e rara mata primária, principalmente no lado Argentino.
  As ruínas de São Miguel Arcanjo, onde os Jesuítas catequizaram os índios, redução jesuítica dos 7 povos das missões, foi fundada no início do século XVII. A construção da igreja foi concluída em 1745 (faltou a segunda torre) e chegou a abrigar mais de 4 mil pessoas. Seu declínio se dá devido aos tratados em Portugal e Espanha sendo expulsos os jesuítas e sendo depredado esse povoado. A Missão, um filme de 1986 estrelado por Robert De Niro e Jeremy Irons, trata sobre as Missões.
   Seguem fotos com alguns comentários.

Ruínas de São Miguel das Missões - RS, foto emblemática com a cruz missioneira em destaque

Pronto pra saída de Florianópolis.





























Abastecendo em Lages - SC.


Os queras, 6 graus na Serra.


Cafezão pra marcar a chegada em Santo Citi (casa da mama).



Betsy e Lola, prontas para encarar o tur.






























Igreja "réplica" de São Miguel, aqui também no passado existiu um povoado jesuítico. Santo Ângelo - RS.





O XIS! Nada daquele pão cheio de batata palha de Floripa. Pra mim um dos melhores, é sempre lá na Quick, ponto de encontro em Santo Ângelo. É bom estar com muita fome, senão sobra lanche!

Chegando em São Miguel, no portal que existe na estrada.

Famosa frase: Esta terra tem dono! Do índio Sepé Tiaraju, nas guerras guaraníticas, quando os índios foram derrotados e abandonaram as missões.




Ao lado da igreja ficava o cemitério.


Local do antigo pomar, atrás da igreja.
Artefatos da igreja, no museu em frente ao sítio arqueológico.


Sino da igreja, forjado na povoado de São João Batista, ali próximo.

Os índios, hábeis artífices, metalúrgicos, tipógrafos, escultores, pintores, músicos, ceramistas e fabricantes de instrumentos musicais.

Maquete do que seria o povoado no seu apogeu.

   Domingo, dia de pegar a estrada para o parque estadual do Turvo, choveu, sinal que a visita ao salto Yucumã estava comprometida, tempo fechado e previsão de chuva, o que se confirmaria. Entre ir e não ir, como tudo é estrada, decidimos pelo menos conhecer a entrada do parque, porque os 16 km que separaram o asfalto das quedas são impraticáveis com nossas motos naquele tipo estrada embarrada.

Veja a ignorância do índio, eu achava que a Harpia só na Amazônia, ledo engano. Considerada extinta no RS, já foi avistada 2 vezes no parque! Além disso também tem a Anta, e não são da nossa capital Brasília! Onça, pelo menos 6 avistamentos no parque.

  Chegando no parque o aguaceiro foi total, os guardas, assim que chegamos nos alertaram para não tentar a estrada de chão, os 16 km com descidas e estrada enlameada não era pra nós.

Fiquei muito tentando a seguir essa trilha, que leva a algumas árvores gigantes, remanescentes da mata primária, mas era muita chuva para encarar o barral.

Na entrada do parque tem um local para recepcionar os visitantes com animais empalhados típicos da região, doados por um museu. Bem como, vídeos dos animais gravados com câmeras noturnas. Uma bióloga acompanha o visitante explicando sobre o parque e sempre com o pesar de destruição da natureza. Acreditem, caçadores clandestinos e previsão de uma barragem são o terror por lá. Já me deixaram desgostoso, nossa velho comportamento com a natureza.

Saindo do parque, abaixo de chuva, com 4 h de estrada até Chapecó e 4h de chuva até Chapecó. 

 Igreja matriz, Chapecó -SC.
 O desbravador em Chapecó.

   Na volta, segunda de manhã, a Betsy resolveu incomodar, fiquei sem os faróis, problema crônico da V-Strom...A corrente/relação, começou a apresentar um ruído preocupante, estiquei 2 vezes a corrente em menos de 200 km! Volta tensa e pra completar, o GPS colocou o caminho mais "curto", te falo em curvas, com neblina, asfalto molhado, sem faróis e cansado, a viagem foi bem estressante. É por isso que não gosto de GPS, só uso em trechos críticos, cidade e algumas quebradas, gosto de estudar o itinerário previamente. Mas tudo é alegria quando se anda de moto, pelo menos em teoria.
  Na chegada em Floripa, com trânsito pesado, meu último calvário, já escuro, andar no corretor foi bem complicado, quase me acidento. Nunca mais andar fora do meu ritmo natural de pilotagem no corredor.
  Tudo é aprendizado e foi uma viagem bacana, para ver e pilotar (parceria aprovada!). Agora é consertar a Betsy, coisa cara e enrolada, pois é provável que seja necessário fazer uma emenda em alguns fios, o que sempre é complicado se não for bem feita. A Suzuki subiu no telhado...

Trajeto feito, 1820 Km no meu painel.


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