V-Strom XT - primeiras impressões - a lua de mel

   Pois então, lá se foi a Laranjinha e um novo amor tomou o seu lugar: a Betsy!

   O namoro foi longo, o casamento felicíssimo.

   Motor V twin 90 graus, 650cc, um torque bagual, 70 cavalos, 69 do motor mais o piloto!

   Gostosa, põe gostosa nisso, o motor ruge, se fosse a voz de uma mulher seria aquela que te deixa de p. d. A aceleração é instantânea, te empurrando para trás. Curvas sinuosas, sensuais, a primeira vez que vi nem achei bonita, mas é assim com alguns amores fulminantes, depois ela se tornou linda.

   Tudo que eu precisava, na medida certa: ABS, torque, suavidade na condução, fácil de pilotar, confortável, econômica (se você não quiser bater nenhum recorde), rodas raiadas, pneus sem câmera, 6 marchas. Permite facilmente o ajuste da suspensão traseira, a dianteira de certa forma. Duas velas por cilindro, queima melhor. E o melhor de tudo, segundo vários proprietários: confiável, muito confiável e robusta. O painel é de fácil leitura, o conta giros analógico, ótimo, o painel digital mostra a marcha engatada (como eu queria isso), muito útil, hora/ temperatura, dois odômetros com a indicação do consumo de combustível. Os espelhos são bons, ainda estou me acostumando. Também possui pisca-alerta e os dois faróis acendem simultaneamente.

   A primeira viagem foi até a Serra do Rio do Rastro, via Urubici voltando por Tubarão até  Floripa - 470km. A média que eu fiz foi de 25 km/l, após 272 km consumiu 10,8 l, o painel mostrava 22,5 km/l, isso andando na maciota, 90km/h - 110km/h, se puxar ela bebe mais. Na BR 101 dei uma esticadinha para testar o motor, 182km/h no marcador, só para testar, não gosto de andar que nem maluco, o bom do motor é a segurança nas ultrapassagens, velocidade boa de viagem é 100-110 km/h. As vezes um pouco mais, as vezes um pouco menos, depende da estrada e da paisagem.

   

   Comparações com a Ténere 250 que eu tinha: o motor, segurança para ultrapassagem, o motor não parece que vai sair pelo escapamento, não cansa pilotar como na Ténere. Falta uma 6a marcha e um indicador de marcha engatada, cansei de em 5a marcha trocar de marcha para a 5a! Falta a 6a. O banco da Betsy é um sofá comparado a uma cadeira de praia da Ténere. Todavia, a posição de pilotagem da Ténere era mais confortável, na V-Strom a distância entre eixos é maior e a posição é mais inclinada à frente com as pernas um pouco mais flexionadas (o que me gerou desconforto). Aconselho colocar um protetor de motor e carenagem com pedaleiras, o farei assim que possível.

  Não é justo comparar uma moto 250cc com uma 650cc dois canecos, mas é o que posso fazer. São classes totalmente distintas de motos.

  A V-Strom tem vocação para o asfalto, não dá para fazer as doideiras que eu fazia com a Teneré, ela encara estrada de chão, mas com ressalvas, o pneu é para asfalto e a moto pesa 214 kg sem acessórios. Não pretendo fazer off-road, mas com certeza vou me embrenhar em algumas estradas de chão bem difíceis sem medo de ser feliz.

 Últimas palavras, a Betsey é maravilhosa, excitante, gostosa, linda! Preciso controlar meu ímpeto de acelera-la. Sou mais um dos felizes proprietários de uma V-Strom.

Obs.: não tem fotos da Serra do Rio do Rastro porque a serração foi grande, não tive sorte. Na filmagem ficou visível só a estrada alguns metros a frente.

   O trajeto via Urubici é delicioso, muitas curvas, ótimo para andar de moto, recomendadíssimo, sem falar na paisagem muito bonita, tem ainda o Morro da Igreja, a Serra do Corvo Branco... vale a pena conhecer.