quinta-feira, 24 de março de 2016

Serra do Corvo Branco e Morro da Igreja

  Feriado em Floripa, convidei meu amigo Robinson para uma pequena aventura (vídeos abaixo). Estava na hora de testar a Betsy na estrada de chão e o meu amigo, suas aptidões na sua GS650. A viagem através de Urubici é uma delicia,  muitas curvas, incluindo o resto das estradas, muitas curvas mesmo. O asfalto que leva à entrada do Morro da Igreja e o início da subida que leva ao topo da Serra do Corvo Branco, é perfeito. Agora para subir até o Morro da Igreja é necessário uma permissão, o número de pessoas está restrito, talvez seja necessário aguardar alguém descer para poder subir. Como de praxe, chegando lá o tempo fechou (neblina) e nada de se ver a pedra furada! Pelo menos o vídeo da subida ficou razoável... A estrada é asfaltada até o topo, todavia, com imperfeições, muitas curvas e se deve dirigir com cuidado.

Caminho para Urubici City.

  Quando fomos pegar nossa permissão encontramos um rapazote (o Fábio) de Bros, com alforges laterais, olhei a placa e vi Mondaí-SC. Ele vinha de longe, mais de 600 km, o convidamos e fizemos a trupe para as subidas, sempre é bom fazer amigos no caminho.
  O negócio mesmo era a Serra do Corvo Branco, que está sendo asfaltada ... (só não descobrimos onde!). A estrada de chão que leva até o topo é bem empedrada, com algumas pedras soltas e não dá para andar rápido, já, lá em cima a descida é muito delicada, exige extrema atenção, a estrada é precária, muitos precipícios ao lado da estrada. De moto andamos devagar, sempre que possível com o uso do freio motor. A ideia era descer até alcançar a BR101, todavia, existe um trecho depois da descida, de 7 km de estrada de chão batido, que é intransitável quando chove. Depois de conversamos com um amigo do Robinson ele nos alertou que só vendo se daria para passar.


























As máquinas!

Os queras!

   Quando chegamos lá, a nossa decepção, não havia como passarmos, ainda mais com motos relativamente pesadas, a minha com 230 kg e pneus mistos. A propósito, não sei se com pneus de off haveria alguma chance. Acredito que somente carros com tração nas 4 e bem calçados de pneus, ou quem realmente é bom no barro. Chegamos a cogitar a hipótese de empurramos os dois, primeiro uma moto, depois outra. Ora, eu resolvi caminhar e encontrei outro atoleiro a uns 50 m, imagina isso em 7 km! Assim, fica o recado: não pretenda fazer a estrada de moto, não passa, só com a estrada seca.

Aqui nossa parada para avaliação, o Fábio já havia retornado, depois nos encontramos novamente e voltamos a nos despedir.

O atoleiro, a 50 m havia outro, são 7 km de estrada de chão batido (o Robinson queria encarar).

   Resultado, voltamos, e agora sim, na subida, as minha habilidades de piloto (que não são das melhores) foram testadas. Quase no topo em uma área pavimentada fiz uma volta para bater uma foto com o Robinson e quase derrubo a moto! Enquanto isso, subia um cara com uma Falcon a mil pelo Brasil, perguntou onde ficava Urubici e se mandou! Só podia ser piada, o cara deve ter saído de alguma propriedade lá de baixo, pois a moto quase não estava embarrada e "quase" limpinha (se ele fez aquele trajeto de barro deveria estar no Hall da Fama), não conseguimos ver a placa, mas não era um viajante, com certeza.
   Encontramos alguns turistas de carro, o que a maioria faz é se aventurar somente até um pequeno trecho da descida, pois em alguns trechos o precipicio sustenta a estrada de chão! A maioria não se arrisca, um casal desceu a pé, boa ideia.


Um dos precipícios, muitos não tinham murada de proteção.


  Resumindo, a aventura vale à pena, descer e subir a Serra do Corvo Branco tem seu grau de dificuldade, a adrenalina da aventura ainda está no sangue.
  Quanto a Betsy, quase perfeita, exige o físico para controlar o seu peso nos trechos críticos, eu somente deveria ter deixado a suspensão mais macia (como sempre), não tive problemas com o ABS, o meu amigo Robinson desligou o dele, na V Strom acho que só tirando os fusíveis do ABS (ainda vou descobrir).
   Agora é lavar a danada, verificar os parafusos, ajustar a corrente e lubrificar. Como o Robinson anda devagar, quase parando, cheguei a impressionante marca de 26,1 km/l no painel da moto. No geral a média em 430 km, foi de aproximadamente 24 km/l. Nada mau para uma V Strom 650, mas também, algumas tartarugas me passaram .... pelo menos venci as lesmas.... kkkkkkk. A parceria foi boa, vamos pensar na próxima viagem.


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Subida do Morro da Igreja - Pedra Furada.


A foto é para matar a curiosidade (foto de 2009 - quando eu tinha mais cabelo ...), a neblina impediu a visão da paisagem.


Subida da Serra do Corvo Branco


Descida da Serra do Corvo Branco

Um comentário:

  1. Desci virtualmente a serra do corvo branco. Quem sabe em breve possa descer/subir fisicamente. Grato rapaziada.

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